MERCADO

Mudança de foco: centros comerciais de bairro voltam a se valorizar

Poder de compra do público local faz crescer investimento em shoppings de rua e empreendimentos que combinam lojas com residencial, os mixed use

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postado em 04/12/2015 16:01 Carolina Cotta /Estado de Minas

 

Tradicionalmente, e em qualquer lugar, as regiões centrais são as preferidas para empreendimentos comerciais, pela localização, estrutura de transporte público e fluxo de pessoas. Mas há uma demanda crescente para alguns tipos de empreendimentos comerciais de bairro. Segundo Marcos Paulo, diretor de Desenvolvimento da PHV Engenharia, que acaba de entregar o Multicenter Andradas, em Santa Efigênia, a maior procura é por espaços menores, com foco no público local. Mas há uma demanda crescente pelos street malls, que oferecem o conforto e a segurança de um shopping, em conceito de loja de rua. Empreendimentos mistos, com lojas e apartamentos, também são bem aceitos.

Marcos Paulo vê alguns bairros com melhor potencial para receber empreendimentos comerciais, caso da Região Leste e de Venda Nova, por oferecerem boa estrutura de transporte e atingir uma grande massa populacional. A construtora tem dois projetos, ainda em fase inicial de desenvolvimento, para esses locais. “Com a carência de terrenos na Região Centro-Sul, é necessário buscar alternativas. Acreditamos no projeto de revitalização da Região Central e também vamos investir pesado na Região Leste, uma das poucas com estrutura de metrô, além da proximidade com a Região Central. São projetos que convergem também com os interesses públicos”, adianta.

praticidade Cada tipo de empreendimento comercial, grande ou pequeno, de bairro ou em grandes centros urbanos, tem peculiaridades. Os mixed use, por exemplo, na opinião de Gilmar Dias, diretor-presidente do Grupo EPO, voltaram a atrair a atenção do mercado imobiliário para bairros em municípios vizinhos às metrópoles graças à praticidade oferecida pela combinação de espaços, principalmente os residenciais e comerciais. “O modelo torna-se um alívio diante dos problemas recorrentes de mobilidade urbana, já que facilita o acesso de usuários aos itens de necessidade do dia a dia, oferecendo lazer, serviços, comércio diversificado e moradia em um só lugar.

A EPO tem investido nesse perfil. Para Gilmar, shoppings mais compactos, com grandes marcas, em regiões metropolitanas, são outra tendência. É o caso do Jardim Casa Mall, no Jardim Canadá, em Nova Lima, que vem configurando o local em um novo polo de design e decoração. Com o objetivo de desenvolver novas regiões e de apostar em novos mercados, a EPO também tem levado marcas de peso para Lagoa Santa e Contagem. Um dos empreendimentos mixed use é o Lagoa Sol, complexo de alto padrão em Lagoa Santa. “Será formado por apartamentos residenciais, salas e shopping e terá ancoragem do supermercado Verdemar”, adianta. Outra aposta é o Contemporâneo, em Contagem, que reunirá street mall, um business center e unidades residenciais.

Já no Bairro Betânia a novidade é o Central Park Shopping & Residence, da Concreto Empreendimentos, um open mall de 10 mil metros quadrados (m²) de área locável e por onde passam 14 linhas de transporte público. Segundo Miguel Safar, fundadore conselheiro da Concreto, o projeto atende às diretrizes do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI) da PBH, incentivando o desenvolvimento socioeconômico de novas centralidades e melhorando a mobilidade urbana.

Tags: mercado imobiliário comércio de bairro bairros de belo horizonte bh

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