Entre os mais valorizados da capital

Bairro Funcionários é um dos mais antigos e versáteis de Belo Horizonte

Em 2017, unidades residenciais foram comercializadas a preços que variaram de R$ 300 mil a mais de R$ 1 milhão

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postado em 11/03/2018 07:00 / atualizado em 10/03/2018 14:33 Laura Valente /Estado de Minas
Circuito Cultural da Praça da Liberdade é um dos principais destaques do Funcionários - Acervo Circuito Liberdade Iepha - MG/Divulgação Circuito Cultural da Praça da Liberdade é um dos principais destaques do Funcionários

Um dos bairros mais antigos da cidade, fundado junto à transferência da capital de Ouro Preto para Belo Horizonte, o Funcionários figura também entre os mais versáteis e procurados do mercado imobiliário.

 Não por acaso, é o segundo mais valorizado no índice FipeZap publicado em janeiro deste ano, com preço médio do metro quadrado avaliado em R$ 10.338, e o terceiro no ranking que aponta o valor médio de apartamentos comercializados na Regional Centro-Sul do Instituto de Pesquisa Data Secovi, atrás apenas dos bairros Belvedere e Santo Agostinho, com preço médio de R$ 12,5 mil o metro quadrado para imóveis novos e em lançamento.

Mas se enganam os que pensam que apenas quem pode desembolsar fortunas encontra o apartamento dos sonhos no bairro, valorizado ainda pela proximidade com a Savassi e as regiões central e hospitalar. O bairro abriga o Circuito Cultural da Praça da Liberdade, escolas e um amplo setor de serviços e comércio. Isso porque, segundo Leonardo de Bessas Matos, diretor do CMI/Secovi, em 2017, o preço de imóveis comercializados no Funcionários variou de R$ 300 mil a mais de R$ 1 milhão, o que indica que a região mantém, como uma das principais características, ainda, a oferta eclética.

Para começo de conversa, ele explica a diferença entre os indicadores. “O FipeZap engloba os imóveis ofertados e o Data Secovi os comercializados. Consolidamos os dados de 2017 e chegamos ao valor de R$ 12,5 mil por metro quadrado, que é referente a unidades residenciais em prédios novos. Mas lembro que o bairro é muito versátil, com a oferta de apartamento de diversos perfis com preço do metro quadrado a partir de R$ 4 mil a R$ 4,5 mil. Valor que varia dependendo do tipo, estado de conservação, presença ou não de garagem e de elevador e da idade do apartamento, que, por estar localizado em um bairro antigo, pode ultrapassar os 40, 50 anos de construção”, frisa.

ANTIGOS E NOVOS

No contexto, o especialista informa que a oferta inclui desde imóveis residenciais na casa dos R$ 420 mil a R$ 440 mil, por exemplo, caso de apartamentos de 90 metros quadrados sem garagem e sem elevador, a lançamentos que ultrapassam R$ 1 milhão - estes os mais comercializados em 2017, totalizando 53% dos apartamentos vendidos no período.

Integra as estatísticas empreendimento recém-lançado no bairro, o Legacy, da Somattos, que “está com quase 35% das unidades vendidas”, como afirma Humberto Mattos, sócio e diretor da construtora. A performance, segundo ele, tem tudo a ver com a localização em que o condomínio será construído, na Rua Bernardo Guimarães. A expectativa para o início das obras, adianta, é em abril. “Acreditamos que investir em terrenos de boa localização é o primeiro passo e o principal ingrediente para o sucesso de um empreendimento. O Funcionários é um bairro tradicional, com vizinhança no setor de comércio, serviços, rica cena gastronômica e oferta cultural”, destaca, afirmando ainda que o “empreendimento se destaca pela beleza arquitetônica, e oferece apartamentos para diferentes perfis, com opções de três quartos superconfortáveis ou de quartos mais compactos”.

Além do Legacy, Mattos informa que a construtora está investindo na viabilização de mais dois empreendimentos no bairro, “superconsolidado e tradicional na capital, e valorizado ainda pela localização central”. E lembra que, para além do perfil residencial, o Funcionários é atrativo para investidores. “Empreendimentos bem-elaborados tendem a experimentar boa valorização. Sabemos que o mercado imobiliário está estagnado há cerca de quatro anos, e, a partir de agora, voltando a melhorar vide a retomada na procura e o fechamento de novos negócios. Assim, um imóvel com localização tão nobre, em região em que inclusive há pouca oferta, traz expectativa de boa valorização para os próximos anos.”

Concorda Leonardo de Bessas Matos: “Pensando na retomada da economia e na previsão de crescimento do PIB, nossa expectativa é de que o mercado imobiliário cresça de 5% a 10% este ano em relação a 2017, o que indica o momento atual como excelente para comprar, pois, confirmada a retomada da economia, a expectativa é de retorno num curto espaço de tempo”.

QUALIDADE DE VIDA

O diretor da Somattos descreve o perfil do público-alvo que procura imóveis na região. “Geralmente, são famílias tradicionais, com um nível de exigência elevado, tanto aquelas em formação, com filhos em idade escolar, quanto as já formadas, muitas cujos filhos já saíram de casa e que, agora, procuram apartamentos menores e bem localizados para viver.”

A versatilidade do bairro também é percebida na oferta de imóveis comerciais, parcela que praticamente dividiu com os imóveis residenciais o fluxo de comercialização no ano passado. “Do total de imóveis comercializados, 51% são residenciais e 49% comerciais, num cenário quase meio a meio, lembrando que 67% das unidades comerciais foram vendidas por até R$ 300 mil, e a maior parte desse tipo de imóvel é referente a salas com metragem entre 20 e 30 metros quadrados”, explica o diretor do CMI/Secovi.

Leonardo de Bessas Matos reforça ainda que o bairro é atrativo para famílias e profissionais liberais por abrigar diversas escolas, supermercados, hospitais, serviços e empresas, o que facilita o cotidiano. “Quem vive em uma metrópole sabe que a logística influencia diretamente na qualidade de vida. Assim, morar ou trabalhar em localização central resulta em menos tempo gasto no trânsito e em deslocamentos em geral.”

Finalizando, ele aponta o perfil de um apartamento típico no bairro: “Ele custa em torno de R$ 750 mil, tem, geralmente, de 80 a 90 metros quadrados, três quartos, duas vagas de garagem e condomínio médio de R$ 950, opção bem familiar”.

PERSONAGEM DA NOTÍCIA:
Vera Lúcia Silva Resende - dentista e professora da UFMG

Lugar encantador

Vera Lúcia Silva Resende - dentista e professora da UFMG - Beto Novaes/EM/D.A Press Vera Lúcia Silva Resende - dentista e professora da UFMG

Vera Lúcia Silva Resende, dentista e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mora no Funcionários há 24 anos. “Sou de Boa Esperança e vim para BH em 1971, a fim de estudar e onde me casei. Cheguei ao bairro na década de 1980, procurando um apartamento maior para a família – eu, meu marido e três filhos em idade escolar”, lembra. O imóvel de Vera, localizado na Rua Grão Pará, foi escolhido após visita a mais de 30 apartamentos, em diversos bairros da capital. “O lugar me encantou por ser muito perto de tudo. À época, tivemos que fazer uma grande reforma, mas valeu a pena. Meus filhos estudaram nas proximidades, fizeram amigos, se divertiram por aqui e nunca quiseram saber de sair do bairro. Criamos raízes na região, frequento a academia, o comércio, supermercados, tudo por aqui, e ainda fica a um pulo da Savassi e do Centro, com deslocamento fácil. A amizade com vizinhos e prestadores de serviços também é um fator positivo: é como se estivesse em uma cidade do interior, numa troca de confiança de quem se conhece desde criança.” Com os filhos criados e já casados, ela conta que pretende continuar no bairro e que, talvez, até abra mão do carro quando se aposentar. “Ter tudo muito perto facilita o cotidiano, o que permite gastar tempo só com o que realmente interessa.”

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