Hora de pensar em 2019

Síndicos devem fazer a previsão orçamentária do próximo ano

Planejamento deve incluir gastos extras relevantes

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postado em 24/11/2018 21:59 Augusto Guimarães Pio /Estado de Minas
Ilustração EM
Com o intuito de evitar gastos desnecessários e se preparar para imprevistos no próximo ano, o síndico já pode fazer o planejamento dos próximos meses. Esse é o momento ideal para rever ações que foram tomadas ao longo do ano e se preparar para o início de 2019, mantendo uma gestão saudável e condôminos satisfeitos.

É preciso entender que uma boa previsão orçamentária deve ser feita com base nos gastos do ano anterior e deve levar em conta itens como a inflação do período, inadimplência do condomínio, dissídio dos funcionários, férias e décimo terceiro salário e contratos a serem negociados. “É fundamental que o gestor tenha em mãos tudo que foi gasto ordinário nos últimos 12 meses, mas, preferencialmente, nos últimos 24 meses”, afirma Hadan Palasthy, especialista em direito condominial e diretor da CreditCon.

Ele aconselha que o planejamento do ano seguinte seja sempre feito até novembro do ano anterior. “Assim, haverá tempo para processar a decisão da assembleia, bem como fazer quaisquer adequações necessárias ao próximo exercício”, afirma o executivo. De acordo com ele, o síndico deve manter os pés no chão para não deixar brechas para imprevistos. “O planejamento ideal é aquele que é feito dentro da realidade dos gastos e receitas. Aconselhamos o síndico a sempre dividir temas polêmicos e de gastos extras relevantes ou fora da previsão orçamentária junto da assembleia.”

Com o objetivo de esclarecer melhor como um bom planejamento pode ser feito, ele aponta os principais pontos que não podem ser esquecidos:

Comunicação e gestão de conflitos - “Ideal para que todos tenham a condição de participar e contribuir na melhora do local onde residem ou trabalham. O síndico deve se empenhar no esforço em entender o seu local de trabalho, bem como as peculiaridades individuais e sociais de onde atuará ou como foi o ano nesse quesito. Fazer um balanço pode ajudar a entender o período para fazer diferente em 2019.”

Planejamento administrativo - “Analisar metodologias de trabalho que pode facilitar a gestão do prédio, como o uso de aplicativos, softwares, contratação de empresas especializadas, entre outras ferramentas. Com a tecnologia e o smartphone, é possível evoluir de maneira prática em muitos quesitos que auxiliam na gestão do condomínio.”

Gestão de pessoas  - “O síndico não deixa de ser uma liderança dentro do grupo e, por isso, deve exercê-la. Buscar ter postura de líder, além de orientar, dar suporte e qualificar os colaboradores devem ser atitudes do profissional.

Gestão financeira  - “O síndico deve criar uma previsão orçamentária detalhada, destacando os pontos que podem ser melhorados e onde deve economizar. Vale lembrar que as maiores despesas de um condomínio são relacionadas à comodidade, logo, os anseios condominiais também são fundamentais para uma boa elaboração da previsão orçamentária.”

Controle da inadimplência - “O síndico deve estar de olho ao controle financeiro do condomínio. Ele deve ficar atento à evolução da inadimplência, aplicando métodos de composição amigáveis. Assim, o síndico consegue encontrar uma solução e evitar que os valores se acumulem e se tornem impagáveis.”

Compartilhar ideias  - Além desses tópicos acima, Hadan afirma que outro ponto importante para a elaboração de um bom planejamento é contar com profissionais especializados. “Por mais que haja experiência do síndico, sempre é bom o auxílio de profissionais do ramo, sejam eles, administradoras, contadores, o próprio corpo diretivo, entre outros que julgar capazes. Assim muito mais abrangente será a previsão, não deixando espaço para muitos eventos não previstos.”

Hadan reforça ainda que um bom planejamento poderá evitar que as cotas condominiais se tornem muito elevadas, o que normalmente é ocasionado por uma má gestão, como gastar mais do que arrecada. “O síndico deve estar atento à inadimplência para que ela não atinja patamares elevados, o que inviabilizaria um acordo, além é claro de onerar todos os demais condôminos que pagam em dia, já que a inadimplência deverá ser levada em consideração quando da previsão orçamentária”, alerta o executivo.

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